segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E para a poesia, não vai nada?

No capítulo 12 do livro Como e por que ler de Regina

Ziberman, vemos uma relação cornológica sobre o gênero poético dedicado as crianças. Isso ocorreu quando nas últimas décadas foram adotados parâmetros mais livres e libertários. Como um dos principais expoentes, está OLavo Bilac na década de 20. Já na década de 30 surgem novos escritores como Cecília Meireles, Vinicius de Moraes e Mário Quintana.


Logo após 1980, Regina arrisca em afirmar que foi descoberta a poesia para crianças quando houve a valorização do lado lúdico da linguagem.A partir daí foi introduzido versos e estrofes, jogo e brincadeiras, a diversidade de autores, passando a constituir as caracteríticas mais importantes da poesia direcionada a meninos e meninas.


Os animais correspondem em primeiro lugar um esforço de aproximar um leitor do texto, predominando os bichos domésticos, como cães e gatos. "O mérito do poema não se situa, porém, na história relatada, mas na observação de situações insólitas, decorrentes da mistura entre fatos próprios ao cotidiano dos seres humanos e o comportamento ou a reação dos animais" diz Regina.  Diz o texto que Cecília Meireles explora um tipo de recurso sonoro peculiar a poesia, que é a repetição de fonemas no início dos vocábulos como em " Colar de Carolina" e Moda da Menina Trombuda".

 Regina ainda diz: os poetas que escrevem para criança não precisam necessariamente fazer o amanhecer; eles podem também se apropiar das formas populares, conhecidas do público, ajudando a conservá-las e, ao mesmo tempo, inovando-as, ou seja, escrevam sempre poesias para as crianças.




 
A tentativa de banir um livro infantil de Monteiro Lobato das escolas sob a acusação de racismo.
          Monteiro Lobato, criador de várias obras literárias para crianças no Brasil. Seus livros apresentam seres encantados, bichos falantes e foram escritas para despertar na criança o gosto pela leitura e a sua imaginação. Mas, uma de suas obras, “A caçada de Pedrinho” tem gerado polêmica. O Conselho Nacional de Educação acolheu uma acusação de racismo sobre esta fábula que pode chegar a bani-la das salas de aula.  
Embora a escravidão tenha registro na história brasileira, alguns leitores acreditam que banir a obra não irá permitir que se apague essa lembrança. Deve haver a necessidade de se falar sobre o racismo e escravidão no Brasil e principalmente em ambientes escolares.
O racismo de lobato é discutível e em várias situações ele valoriza a contribuição do negro a cultura brasileira.  Em várias de suas obras como, por exemplo o conto Negrinha, que relata uma elite saudosa da escravidão, Presidente Negro, sua obra mais polêmica, que descreve o mundo em que uma raça supera a outra, cabe aos leitores interpretá-las criticamente e atribuir sentido.
Desde a década de 40 Monteiro Lobato é apontado pelos seus livros que eram classificados como propagandas comunistas.
Afinal, as crianças podem e devem ler Monteiro Lobato?

domingo, 12 de dezembro de 2010

A PASSAGEIRA FANTASMA

Certo dia, um motorista de táxi rodava pelo Bairro da Ponta Grossa em frente ao cemitério da Piedade quando uma linda jovem fez sinal . Ele parou e ela pegou o táxi. Eles deram uma volta na cidade e ele a trouxe de volta para o cemitério. Na hora de pagar, ela mandou que ele fosse receber na casa dos seus pais. Deu-lhe o endereço completo.No dia seguinte, ele foi cobrar o dinheiro.encontrou a casa, bateu, um senhor veio recebê-lo. Ele disse que viera cobrar o dinheiro pela corrida de táxi que sua filha havia feito. O senhor ficou todo desconfiado e disse que sua filha não tinha saído à noite. O susto maior do pai foi quando o taxista deu o nome da moça e disse como ela era e como estava vestida. O pai disse que não era possível, que a sua filha tinha morrido já há alguns anos.
-Será que errei de casa, diz o motorista.
Então o motorista começou a ver algumas fotos que estavam na parede e disse:
- É aquela moça.
O motorista saiu perplexo, quase louco, sem saber o que tinha acontecido na noite anterior.

O livro-álbum

Ultimamente no mundo da literatura começou a surgir uma nova categoria editorial. O livro-álbum ou livro metaficcional trata-se de um tipo de obra literária que rompe com a forma narrativa tradicional, convidando assim o leitor a participar de maneira mais ativa da leitura de uma obra. Enquanto na narrativa tradicional nos acostumamos com um narrador que conta os fatos de fora da história, ou seja, em terceira pessoa, no livro-álbum o narrador ocupa todos os espaços possíveis, por exemplo; a típica linguagem da literatura infantil assume uma versão mais atual. Seguindo os relatos de Teresa Colomer, os chamados livros-álbuns são livros que com o uso das imagens, nos possibilita a enteder com mais clareza a narrativa ofertada pelo livro lido.
Podemos citar como exemplos os tais livros:




Como você pode observar, livro-álbum não é somente para livros infantis, podemos encontrar vários livros com uma linguagem mais adulta, ou até mesmo compreensão mais adulta, que recorre as imagens para melhor compreensão.


 

Alguns Autores da Literatura Infantil do nosso Brasil

        A literatura Infantil, iniciou com a necessidade que o homem sentiu em registrar as histórias contadas pelo o povo, as ditas “lendas populares”. Foi no século XVII que a criança passou a ser observada como um ser diferente do adulto. O aparecimento da Literatura Infantil tem características próprias, pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo "status" concedido à infância na sociedade e da reorganização da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à sua associação com a Pedagogia, já que as histórias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela. É a partir do século XVIII que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.
        Aqui no Brasil, embora a literatura infantil tenha surgido no século XVIII, foi somente no século XIX que, relativizando, ainda que de maneira incipiente, o flagrante pacto com as instituições envolvidas com a educação da criança, ela define com maior segurança os tipos de livros que mais agradam aos pequenos leitores, determinando suas principais linhas de ação: histórias fantásticas, de aventuras e que retratem o cotidiano infantil.
Podemos apresentar alguns importantes autores da Literatura infantil do nosso Brasil: Ana Maria Machado, Bartolomeu Campos de Queiroz, Sylvia Orthof.
        Ana Maria Machado nasceu no Rio de Janeiro no dia 24 de Dezembro de 1941, jornalista, professora, pintora e escritora brasileira. Foi uma das fundadoras, em 1980, da primeira livraria infantil no Brasil, a Malasartes (no Rio de Janeiro), que existe até hoje. Nessa década ela publicou mais de quarenta livros, e em 1981 recebeu o Prêmio Casa de Las Américas com o livro De Olho nas penas. O reconhecimento mundial das obras de Ana Maria Machado aconteceu em 2000, quando recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio de literatura infantil, no mesmo ano foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural. Foi ganhadora do Prêmio Jabuti de Literatura em 1978.

        Bartolomeu Campos de Queiros, é um escritor brasileiro nascido na cidade de Papagaio, Minas Gerais. Publicou o seu primeiro livro, O peixe e o pássaro, em 1974 e fez muito sucesso com outras obras, nas quais representava a sua infância e, utilizando da imaginação da criança.
        Sylvia Orthof, nascida no rio de Janeiro no dia 03 de setembro de 1932, foi uma escritora brasileira de livros infantis. Publicou seu primeiro livro infantil em 1981, escrevendo, a partir de então, cerca de 120 títulos para crianças e jovens, entre contos, peças teatrais e poesias.
Entre as muitas peças de teatro, destacam-se Eu chovo, tu choves, ele chove e " Quem roubou meu futuro". Entre as histórias infantis, Maria-vai-com-as-outras, de 1982, que conta a história de uma ovelha chamada Maria que fazia tudo que as demais faziam, até que um dia resolveu seguir seu próprio caminho, foi um enorme sucesso de crítica de público, bem como Quem roubou o meu futuro?, sobre uma menina de 13 anos chamada Valéria que deseja encenar uma peça, no que é impedida pela avó, que prefere que ela faça um curso de datilografia. 



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Menina bonita do laço de fita


Ao ler este livro, me encantei com o desenrolar da história. Com uma linguagem bem simples e gostosa de ler, o livro aborda ao assunto racial, que é muito debatido nos dias de hoje, mas infelizmente não se faz muita coisa. Por isso, nós que lidamos com educandos, devemos passar para eles a beleza que existe em cada um, principalmete quando se trata de uma menina bonita do laço de fita.


A menina bonita do laço de fita é cuidada com muito carinho pela sua mãe e, é adimirada por seu vizinho, uma coelhinho tão branquinho que se encanta com tanta beleza. Esse coelhinho é curioso para saber com ele poderia ter um filho tão pretinho quanto

a menina. Logo ele começa afazer visitas para ela e sempre lhe faz a pergunta: Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo por ser tão pretinha? mas a menina não sabe, então começa fantaziar situações, respondendo: deve ser porque eu tomei banho de tinta quando eu era bem penenina. Então o coelhinho saí e faz o que a menina disse tinha feito. Até que ele consegue ficar pretinho, como a menina, mas, logo veio a chuva e ele voltou a ser branquinho. Ele volta a casa da menina e faz novamente a pergunta, sem saber novamente, a menina conta outra situação. Assim desenrola esta história, ate que uma dia, a mãe da menina explica ao coelho que a cor dela é culpa de uma avó mulata que ela teve. Então, o coelho percebe que só poderá ter filhotinhos pretinhos, ele deveria se casar com uma coelhinha pretinha. Não precisou andar muito e, ele logo se apaixou p
or uma coelhinha bem pretinha que passava por alí por perto. Eles se casaram e, logo tiveram bastante filhotinhos. E´ele conseguiu ter filhotes de todas as cores, inclusive uma bem pretinha, que por sinal foi afilhada da tal menina bonita do laço de fita. E, todas as vezes que perguntavam para coelhinha qual era os segredi por ela ser tão pretinha, ela respondia: ideia de uma tal madrinha minha.










http://www.submarino.com.br/produto/1/42652/menina+bonita+do+laco+de+fita

 Autora: Ana Maria Machado

Valor R$: 24,00

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dicas de leitura

Os músicos de Bremen conta uma história encantadora, que mostra a triste drama que os animais passam ao ficarem velhos e inúteis para seus donos. Então resolvem fugir e ir em busca de sua liberdade. Leia e se divirta!
AUTORES: Irmãos Grimm                             Por R$: 17,50      
       http://www.skoob.com.br/livro/13326



Joãozinho e Mariazinha




Uma divertida história, onde as crianças passam por muitas aventuras e uma cuida da outra para conseguir se salvar das garras da bruxa.

http://www.tradepar.com.br/detalhes/joaozinho-e-mariazinha-8534905517-74.html R$:10,00

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Bibliografia de Lygia Bojunga

  Corda Bamba, 1979 usa uma corda para entrar em uma casa estranha com muitas portas fechadas, do outro lado da rua, é na prática uma forma de curar a tristeza depois de ter perdido os seus pais numa morte inesperada. Em A Casa da Madrinha, 1987 percebemos depressa que as experiências fantásticas de Alexandre durante a sua busca pela casa longínqua de sua madrinha são na realidade a concretização das fantasias de felicidade e amparo de um menino da rua abandonado. É uma história que se aproxima do conto de Astrid Lindgren Sunnanäng. A fantasia psicológica de Bojunga emerge novamente nos contos com animais: quando o tatuzinho Vítor em O Sofá Estampado, 1980 se sente nervoso, começa a tossir e arranhar o sofá – até entrar um momento mais tarde nos seus tempos de infância. A Bolsa Amarela, 1976, são literalmente perfurados por um alfinete, e transformados em pipas de papel que voam para bem distante à mercê dos ventos. Angélica, 1975, incluiu uma peça de teatro completa. Não é sempre a história em si que é o mais importante nos seus livros, por vezes une-se um acontecimento ao outro em longas cadeias (como nas narrativas orais), onde o personagem principal poderá por vezes desaparecer do centro de atenção. A tônica está na própria narrativa, com os seus tons humorísticos e poéticos, e na sensação estranha de liberdade que brota quando tudo é possível. A forma refinada como Bojunga deixa cores expressarem emoções contribui fortemente para a extraordinária beleza dos seus livros. Esta expressão é talvez mais marcante em O Meu Amigo Pintor, 1978 (também transformado em peça teatral), que descreve como um personagem, um menino, tenta curar a sua tristeza pela morte de um pintor com a ajuda das cores. Um relógio é amarelo ao tocar as horas, para voltar a ser branco quando pára. Amarelo é a cor preferida de Bojunga, ligada à alegria da vida, tornou-se o tema predileto desde o seu primeiro livro Os Colegas, 1972. Seis Vezes Lucas, 1995, descreve, como na obra anterior, Tchau, 1984, a infidelidade, conflitos matrimoniais e divórcio do ponto de vista impotente – mas esperançoso – da criança. Bojunga entra sem medo no domínio dos adultos, na sua escolha de justificativas encostando-se com todo o direito à sua enorme capacidade de concretizar e personificar as sombras interiores em histórias fáceis de entender. Retratos de Carolina, 2002, domina o sério. Esta escritora fascinada pelo experimento tenta aqui novos caminhos. Em uma narrativa que se aproxima da formas do meta-romance, permite que o leitor siga o personagem principal desde a infância até à vida adulta. Deste modo, Bojunga rompe as fronteiras da literatura infanto-juvenil e preenche assim as ambições que enuncia no texto final e no prefácio do livro: dar lugar a si própria e às personagens que criou dentro duma só casa, "uma casa que eu inventei".
Os Colegas
– Rio de Janeiro: José Olympio, 1972
Angélica
– Ilustrações de Vilma Pasqualini. Rio de Janeiro: Livraria AGIR Editora, l975 A Bolsa Amarela – Ilustrações de Marie Louise Nery. Rio de Janeiro: Livraria AGIR Editora, 1976 A Casa da Madrinha – Ilustrações de Regina Yolanda. Rio de Janeiro: AGIR, 1978 Corda Bamba – Ilustrações de Regina Yolanda. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, l979 O Sofá Estampado – Ilustrações e diagramação de Elvira Vigna. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, 1980
Tchau
– São Paulo, SP: Livraria AGIR Editora, 1984 O Meu Amigo Pintor – Rio de Janeiro: José Olympio, 1987 Nós Três – 1987
Livro, um encontro com Lygia Bojunga
Fazendo Ana Paz – Rio de Janeiro, RJ: AGIR, 1991
– Rio de Janeiro, RJ: Livraria Agir Editora, 1988
Paisagem
– Rio de Janeiro, RJ: AGIR, 1992
Seis Vezes Lucas
O Abraço – 1995
Feito à Mão – Rio de Janeiro: AGIR, 1996
A Cama – Rio de Janeiro: AGIR, 1999
O Rio e eu – Ilustrações, Roberto Magalhães. São Paulo, SP, Brazil: Salamandra, 1999
– Ilustração da capa, Roger Mello. Ilustrações do miolo, Regina Yolanda. RJ: AGIR, 1995 Retratos de Carolina – Rio de Janeiro: Editora Casa Lygia Bojunga Ltda., 2002
O Pintor (teatro)
Nós Três (teatro) – 1989
– 1989
Obras em alemão
Die Freunde
– Aus dem brasilianischen Portug. von Karin Schreiner. Mit Zeichn. von Sabine Barth. Ravensburg: Ravensburger Buchverlag. (Lizenz des Verl. Dressler, Hamburg), 1994 (Os Colegas, 1972)
Angelika
– Aus dem brasilianischen Portug. von Karin Schreiner. Mit Zeichn. von Sabine Barth. Ravensburg: Ravensburger Buchverlag. (Lizenz des Verl. Dressler, Hamburg), 1994 (Angélica, 1975)
Die gelbe Tasche
– Aus dem brasilianischen Portug. von Karin Schreiner. Mit Zeichn. von Reinhard Michl. Ravensburg: Maier. (Lizenz des Dressler-Verlag), Hamburg, 1992 (A Bolsa Amarela, 1976)
Das Haus der Tante
– Aus dem brasilian. Portug. von Karin Schreiner. Mit Zeichn. von Reinhard Michl. Ravensburg: Maier. (Lizenz des Dressler-Verl., Hamburg), 1993 (A Casa da Madrinha, 1978)
Maria auf dem Seil
– Aus dem brasilianisch Portug. von Karin Schreiner. Ravensburg: Maier. (Lizenzausg. des Dressler-Verl., Hamburg), 1992 (Corda Bamba, l979)
Das geblümte Sofa
– Dt. von Karin Schreiner. Hamburg: Dressler, 1984 (O Sofá Estampado, 1980)
Tschau : 4 Erzählungen
– Dt. von Karin Schreiner. Hamburg: Dressler, 1986 (Tchau, 1984)
Mein Freund, der Maler
– Aus dem brasilianischen Portug. von Karin Schreiner. Ravensburg: Maier. (Lizenz des Dressler-Verl., Hamburg), 1993 (O Meu Amigo Pintor, 1987)
Wir drei
– Dt. von Karin Schreiner. Hamburg: Dressler, 1988 (Nós Três, 1987)
Obras em espanhol
Los amigos – Ilustr. de Ródez. Trad. de Irene Vasco. Bogotá: Grupo Ed. Norma Infantil-Juvenil, 2001
La bolsa amarilla
– Ilustr. de Esperanza Vallejo. Trad. de Elkin Obregón. Barcelona: Grupo Ed. Norma, 1997
Cuerda floja
– Trad. de Elkin Obregón. Ilustr. de Alejandro Ortiz. Barcelona: Grupo Ed. Norma, 1998
Chao!
– Trad. de Irene Vasco. Ilustr. de Ivar Da Coll. Bogotá: Grupo Ed. Norma, 2001
Mi amigo el pintor
– Trad. de María del Mar Ravassa. Ilustr. de Mónica Meira. Bogotá: Ed. Norma, 1989
Seis veces Lucas
– Ilustr. de Alejandro Ortiz. Trad. de Elkin Obregón. Barcelona: Grupo Ed. Norma, 1999
Obras em francês
La maison de la marraine –
Paris: Messidor/La Farandole, 1982 (A Casa da Madrinha, 1978)
La sacoche jaune
– Flammarion-Pere Castor, 1983 (A Bolsa Amarela, 1976)
La fille du cirque –
Flammarion, 1999 (Corda Bamba, l979)
Obras em inglês
The Companions
– Translated by Ellen Watson. Illustrated by Larry Wilkes. 1st ed. New York: Farrar Straus Giroux, 1989 (Os Colegas, 1972)
My friend the painter
–Translated by Giovanni Pontiero. 1st ed. San Diego : Harcourt Brace Jovanovich, 1991 (O Meu Amigo Pintor, 1987)
Obras em sueco
Alexander och påfågeln
– Översättning: Kajsa Pehrsson. Stockholm: Gidlund, 1983 (A Casa da Madrinha, l978)
Den gula väskan
Livros infantis e juvenis não traduzidos:
– Översättning: Karin Rosencrantz-Bergdahl. Stockholm: Rabén&Sjögren, 1984 (A Bolsa Amarela, 1976) Kompisarna – Översättning: Bo Ivander. Illustrationer av Sabine Barth. Bromma: Opal, 1986 (Os Colegas, 1972) Maria på slak lina – Översättning: Bo Ivander. Omslag och illustrationer: Reinhard Michl. Bromma: Opal, 1986 (Corda Bamba, l979) Min vän målaren – Översättning: Bo Ivander. Bromma: Opal, 1987 (O Meu Amigo Pintor, 1987) Den blommiga soffan – Översättning: Maj Herranz. Illustrationer av Sabine Barth. Bromma: Opal, 1989 (O Sofá Estampado, 1980)
Angélica
– Rio de Janeiro: AGIR, l975 Tchau – Rio de Janeiro: AGIR, 1984
Nós Três
– 1987 Seis Vezes Lucas – Rio de Janeiro, RJ : AGIR, 1995

Escritora brasileira, escreveu inicialmente os seus livros sob o nome Lygia Bojunga Nunes. Nasceu em Pelotas no dia 26 de agosto de 1932 e cresceu numa fazenda. Aos oito anos de idade foi para o Rio de Janeiro onde em 1951 se tornou atriz numa companhia de teatro que viajava pelo interior do Brasil. A predominância do analfabetismo que presenciou nessas viagens levou-a a fundar uma escola para crianças pobres do interior, que dirigiu durante cinco anos. Trabalhou durante muito tempo para o rádio e a televisão, antes de debutar como escritora de livros infantis em 1972.
Num continente que se tornou conhecido por seu realismo mágico e contos fantásticos, a literatura infantil brasileira caracteriza-se por uma acentuada transgressão dos limites entre a fantasia e a realidade. Lygia Bojunga é uma escritora que perpetuou esta tradição e a tornou perfeita. Para ela, o quotidiano está repleto de magia: onde brotam os desejos tão pesados que literalmente não é possível erguê-los, onde alfinetes e guarda-chuvas conversam tão obviamente como os peões e as bolas, onde animais vivem vidas tão variadas e vulneráveis como as pessoas. Imperceptivelmente, o concreto da realidade transforma-se noutra coisa, não num outro mundo, mas num mundo dentro do mundo dos sentidos, onde a linha entre o possível é tão difusa como fácil de ultrapassar. A tristeza vive com Bojunga juntamente com o conforto, a calma alegria com a estonteante aventura e no centro da fantasia da escrita está a criança, muitas vezes sozinha e abandonada, sempre sensível, sempre cheia de fantasias. A morte não é tabu, a desilusão também não, mas além da próxima esquina, espera a cura. Numa prosa lírica e marcante, pinta as suas imagens e não importa se a solidão é muito amarga, há sempre um sorriso que expressa uma compaixão com os mais pequenos, que nunca se torna sentimental.
Os textos de Bojunga baseiam-se fortemente na perspectiva da criança. Ela observa o mundo através dos olhos brincalhões da criança. Aqui é tudo possível: os seus personagens podem fantasiar um cavalo no qual cavalgam a galope ou desenhar uma porta numa parede, que atravessam no momento seguinte. As fantasias servem geralmente para ultrapassar experiências pessoais difíceis: quando a personagem principal em
O realismo mágico e perspicácia psicológica reúnem-se a uma paixão pelo social e pela democracia. Bojunga, que começou a escrever quando ainda dominava a ditadura no Brasil, dirigia atividades subversivas. Isto torna-se mais fácil em literatura infantil porque – nas palavras de Bojunga – os generais não lêem livros destinados às crianças. Nestes livros, encontram-se galos de briga com o cérebro costurado com arame e pavões com filtros de pensamento que se removem com um saca-rolhas. Os ventos da liberdade são fortes nos livros de Bojunga, onde a crítica contra a falta de igualdade entre os sexos é um tema recorrente. Mas Bojunga nunca dá sermões, o sério é sempre equilibrado pela brincadeira e o humor
absurdo. Os sonhos inflados de Raquel em
Bojunga (que costuma apresentar-se em público com monólogos dramáticos) tem o dom da narrativa oral que prende o leitor logo na primeira página. Também escreveu peças teatrais e gosta de usar descrições cênicas. Num dos seus livros,
Por vezes, Bojunga prefere ficar na realidade e mostrar então o seu olhar psicológico penetrante:
Como Hans Christian Andersen, com quem se aparenta claramente, Bojunga equilibra-se com perícia na linha entre o humor e o sério. No seu mais recente livro,
As obras de Bojunga estão traduzidas para várias línguas, entre as quais francês, alemão, espanhol, norueguês, sueco, hebraico, italiano, búlgaro, checo e islandês. Recebeu vários prêmios, entre eles, o Prêmio Jabuti (1973), o prestigiado Prêmio Hans Christian Andersen (1982) e o Prêmio da Literatura Rattenfänger (1986).
Obras em português

Resenha do livro Tchau



O livro Tchau, escrito pela autora Lygia Bojunga, aborda a questão de uma separação conjugal de um casal que tem dois filhos: Rebeca e Donatelo.
A história é dividida em seis capítulos, os quais mantêm uma ordem cronológica dos fatos.
No primeiro capítulo: O buque, Lygia começa a história levantando um suspense, pois a mãe de Rebeca recebe um buquê. Tal acontecimento faz com que a menina fique curiosa para descobrir quem mandou o buquê para sua mãe.
No segundo capítulo: Na beira do mar, Rebeca e a mãe saem para fazer compras e na volta resolvem vir andando pela beira do mar,quando em certo momento sua mãe conta-lhe que vai se separar de seu pai, alegando estar se sentindo muito sozinha. Rebeca não entende a solidão da mãe, pois ela e o irmão Donatelo estão sempre em sua companhia. Mas a mãe explica-lhe que está apaixonada por outro homem, Nikos,um estrangeiro. A menina questiona-se, pois não consegue entender porque a mãe foi se apaixonar justo por um estrangeiro, se existe tanto homem no Brasil.
No terceiro capítulo: O sofá, Rebeca vê sua mãe chorando na sala e decide ir para perto dela, mas de repente o pai sai do quarto e começa a gritar com raiva e a indagar a mulher, perguntando-lhe porque ela está chorando, e diz que ele é que deveria chorar, pois era ela que estava abandonando a família. A mulher procura explicar dizendo que não está os abandonando e que voltará para buscar os filhos. É então que o marido diz que se ela os deixa-se, nunca mais iria levá-los, pois estaria abandonando o lar e a lei ficaria do lado dele.
No quarto capítulo: Na mesa do botequim, Rebeca encontra seu pai bebendo em um botequim, e ele resolve desabafar suas tristezas com a filha. Ele sente-se angustiado, pois diz que não saberá cuidar dela e do irmão Donatelo. Rebeca ouviu o desabafo do pai e lhe prometeu não deixar que a mãe fosse embora.
No quinto capítulo: A mala, Rebeca vê sua mãe arrumando a mala e pedindo um taxi para o aeroporto, viu ainda a mãe despedindo-se do seu irmão Donatelo.O taxi chega,e a menina insiste para que a mãe não vá, agarra a mala , a mãe pede por favor , e Rebeca não solta a mala de jeito nenhum.Mas mesmo com a insistência da menina, a mãe diz tchau e sai correndo.
No sexto capítulo: O pai volta e encontra um bilhete no travesseiro, Rebeca faz um bilhete para o pai, dizendo que ela não conseguiu impedir que a mãe partisse, mas explica-lhe que a mala ficou e que como ela não levou roupas e outros objetos de utilidade, não vai conseguir  demorar, pois irá precisar de suas coisas e terá que voltar para buscá-las.
O livro Tchau de Lygia Bojunga, tem uma linguagem que proporciona que o leitor se sinta instigado a lê-lo.
A autora coloca na trama o suspense, o que desperta um enorme desejo para que o leitor conclua a leitura do livro.
A menina Rebeca é vista pelos pais como um ombro amigo para seus desabafos, o que faz com que essa personagem tenha traços de uma pessoa mais velha e madura. Mas ao mesmo tempo ela apresenta uma ingenuidade ao acreditar que sua mãe irá voltar para buscar sua mala.
TCHAU


LYGIA BOJUNGA




Por: R$ 19,36





segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A alegria de ensinar

Este livro nos ajuda a amar cada vez  mais a educação, de uma forma singela, meiga e educada Rubem Alves  desperta em nós o prazer de ensinar. Concordamos com o presente autor, com amor e dedicação a nossa profissão fazemos a diferença.

Alegria de Ensinar, A Cod. do Produto: 210696

Por: R$ 28,90

Rubem Alves http://www.submarino.com.br/produto/1/210696/alegria+de+ensinar,+a

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A casa sonolenta

Recomendamos o presente livro pra você rir e se encantar com a preguiçosa e animada história.
Usa de uma grande imaginação junto com elementos de nossa realidade, como exemplo: uma Avó que ronca, um neto sonhador, cachorro, gato, rato e outros divertidos personagens preguiçosos dessa linda  história.

WOOD, Audrey & Don. A casa sonolenta. 14ª ed. São Paulo: Ática, 1999
http://www.livrariascuritiba.com.br/searchresults.aspx?type=2&dskeyword=casahttp://www.livrariascuritiba.com.br/searchresults.aspx?type=2&dskeyword=casa

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O PRÍNCIPE QUE VIROU SAPO

Era uma vez um Rei que tinha sete filhas. A mais nova era a mais bonita. Nos dias de sol a princesa saia para brincar com a sua bola de ouro junto do castelo. Certo dia,ao atirar ao ar a sua bola esta caiu dentro da água e afundou-se. A menina ficou triste.Mas apareceu um sapo que disse-lhe que podia ir buscar a bola se ela prometesse ser amiga dele e partilhar com ele as suas refeições e cama. A princesa desesperada disse que sim. Assim, o sapo mergulhou e foi buscar a bola de ouro. A princesa ficou tão contente quando viu a bola que agarrou nela e saiu correndo sem agradecer. Nessa noite quando estava toda a família reunida para jantar, ouviu-se um coaxar junto à porta do castelo. O Rei intrigado perguntou à sua filha o que se passava e ela contou tudo o que tinha acontecido. Fazendo-a cumprir a promessa, o Rei foi conhecer o sapo. A princesa não queria que o sapo comesse da comida dela, nem que ele dormisse na mesma cama, mas não teve alternativa,o seu pai autorizou o sapo a ficar. Depois do jantar a princesa tentou escapar para o quarto, mas o rei lembrou-a da promessa que tinha feito e ela contrariada obedeceu. No quarto, a princesa pôs o sapo a um canto e ele pediu-lhe para ir para a sua almofada. Quase a chorar, a princesa agarrou no sapo o colocou-o em cima da almofada. Nesse preciso momento, o pequeno sapo verde transformou-se num príncipe belo e sorridente. Explicou à princesa que tinha sido enfeitiçado por uma bruxa e só uma bondosa princesa podia quebrar o feitiço. A partir daquele momento, o príncipe e a princesa tornaram-se os melhores amigos do mundo e anos mais tarde casaram-se e não esqueceram de convidar os seus amigos verdes muito especiais para a festa.
            A continuação dessa história se se dá com:
Era uma vez um príncipe e uma princesa que se casaram e teriam vivido felizes para sempre - se o autor da história não fosse Jon Scieszka.  Para espanto geral, o narrador diz logo na primeira página que na verdade o príncipe e a princesa "estavam levando uma vidinha miserável" - e nesse momento os leitores começam a desconfiar de que há alguma coisa muito errada... Deguste também dessa leitura que continua sendo encantada.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Resenha Critica: Reinações de Narizinho

O autor Monteiro Lobato em seu livro “Reinações de Narizinho”, traz todo o encanto e imaginação a sua obra, dando vida aos pensamentos que muitas crianças possuem. Seu público alvo são as crianças, devido ao seu encanto e dedicação ao mundo da ilusão, dando vida e liberdade a sua mente.
Monteiro Lobato nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882, sendo uma criança diferente das outras, Lobato gostava de estar com o rosto nos livros. Formado em Direito, atuou como promotor público, em seguida tornou-se fazendeiro após receber uma herança deixada pelo avô, seguindo um novo estilo de vida onde o mesmo começou a publicar seus primeiros livros em jornais e revistas, dando uma inovação aos livros infantis.
Em sua obra “Reinações de Narizinho”, o autor busca passar ao seu público alvo toda a sua imaginação (imaginação de criança), dando vida a seres inanimados. Nessa obra são apresentados os principais personagens do Sítio do Picapau Amarelo, espaço rural, onde se desenrolam todas as mais inimagináveis aventuras vividas pelos personagens de Lobato e por todos aqueles com os quais eles interagem nos vários tomos da coleção de livros destinada ao público infantil.
Tão saborosa é a linguagem que pode-se dizer que agrada dos oito aos oitenta, como nos mostra vários livros infantis.
Seus personagens principais são uma avó adorável, moradora do sítio com a neta Narizinho, a menina do nariz arrebitado, com tia Anastácia, empregada, representante da etnia negra. Há o Visconde de Sabugosa, sabugo de milho, que ganha vida própria pelas mãos mágicas de Anastácia e por várias noites de sono tendo os livros como dormitório. A cultura lhe é transmitida pelo contato aproximado com o acervo literário da ilustrada avó Benta. Há ainda o Marquês de Rabicó, um porquinho alçado a nobre para se fazer digno de encantar a boneca Emília. Emília merece um capítulo à parte. Feita da maneira mais artesanal por tia Anastácia, passa por uma transformação mágica. Narizinho, visitante freqüente de um riacho do sítio, cativa um habitante das águas, mais exatamente o príncipe das águas claras. Este perdidamente apaixonado propõe-lhe casamento. O inusitado da situação a faz refletir por alguns dias. Após o qual, decide aceitar, levando consigo sua companheirinha muda: a boneca Emília. Pede ao amado que recorra ao grande médico do reino a águas claras: DR. CARAMUJO. Após tomar as pílulas, Emília desembesta a falar sem parar, e o efeito das pílulas é irreversível. Por fim, Narizinho  e Emília retornam ao sítio e todos se espantam com boneca que ganhou vida, mesmo tendo se tornado inconveniente.
          Pedrinho é o neto urbano que vem nas férias desfrutar da magia do sítio e que na cidade em possui progressiva modernização já não povoam mais as mentes mineiras.
          Lobato resgata a infância em sua pureza mais criativa, valoriza o folclore nacional, valorizando as relações familiares, a avó contadora de histórias, cujo passado de experiências feito. Desperta o interesse das novas gerações vividas pelos seus netos e recoloca em pauta temas do nosso folclore.